sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Prêmio Barco a Vapor 2011

As inscrições do Prêmio Barco a Vapor de literatura infanto-juvenil terminam em 30 de dezembro. Esta é a sétima edição do prêmio e mais uma grande oportunidade para os autores demonstrarem o seu potencial.

A sexta edição teve mais de 800 trabalhos inscritos e contemplou trinta mil reais em adiantamento de direitos autorais ao vencedor. Neste ano não será diferente.

O gráfico com o regulamento está postado, mas caso não consigam visualizá-lo, cliquem no link das Edições SM.

MinC investe R$ 300 milhões em novos fundos setoriais

PublishNews - 21/10/2010 - Redação

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, assinou ontem (20), em Brasília, o Plano de Trabalho do Fundo Nacional da Cultura. Com a assinatura e o anúncio de 15 editais, o Ministério da Cultura (MinC) dá a largada para definir a aplicação de R$ 300 milhões nos oito novos fundos setoriais, até o final de novembro. Os atuais 15 editais receberão, juntos, R$ 87 milhões. Ações viabilizadas por convênios terão R$ 63,93 milhões e outros R$ 30,78 milhões serão usados para financiar bolsas. Até o final de novembro 22 novos editais participantes do programa Procultura vão contar com R$ 118,99 milhões. A distribuição desses recursos foi decidida pela Comissão do FNC após a apresentação das diretrizes e ações aos Comitês Técnicos dos oitos setores. Cada comitê é integrado por 10 representantes da sociedade civil e oito do Sistema MinC.
Pela primeira vez, o Ministério da Cultura irá aplicar recursos para fortalecer o patrimônio financeiro de instituições culturais sem fins lucrativos da sociedade civil. O Prêmio José Mindlin para a gestão sustentável de instituições culturais tem como objetivo modernizar e ampliar atividades de curto e médio prazo dessas entidades e, ao mesmo tempo, possibilitar a elas a constituição de fundos que garantam a continuidade e a regularidade de suas programações. Neste primeiro momento, o montante destinado pelo Fundo Procultura de Ações Transversais e de Equalização de Políticas Culturais é de R$ 23,4 milhões.
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Dos R$ 300 milhões que comporão o total dos fundos, o fundo setorial que vai contar com maior investimento será o de Circo, Dança e Teatro, com R$ 66,88 milhões. Já o de Ações Transversais e Equalização de Políticas Culturais, que reúne projetos incluídos em mais de uma área de atividade cultural, contará com R$ 64,6 milhões.
O fundo setorial de Patrimônio e Memória vai concentrar R$ 33,39 milhões, enquanto o de Artes Visuais ficará com R$ 31,5 milhões, seguido pelo de Música, com R$ 30,44 milhões.
O de Audiovisual e o do Livro, Leitura, Literatura e Língua Portuguesa terão R$ 30 milhões cada, e o de Acesso e Diversidade receberá R$ 13,9 milhões.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Analisando os programas de publicação

Marisa Moura analisa como as novas formas de publicar e de ler estão afetando os profissionais do mercado editorial e os autores.


O quadro editorial é “mais ou menos” esse:
1. Autores despontando ou disputando entre a seleção de agentes e editores

2. Coachs e tradutores apostando todas suas fichas em alguns projetos e obras

3. Agentes prospectando obras e talentos que atendam editores e leitores

4. Editores selecionando de maneira cuidadosa títulos que ganhem espaço nas livrarias, nas listas de mais vendidos e nas seções culturais da mídia

5. Distribuidores contribuindo para atender as necessidades da editora, das livrarias e do leitor

6. Divulgadores trocando ideias com professores e coordenadores nas instituições de ensino

7. Livrarias procurando um equilíbrio entre estoque e suas listas de mais vendidos

8. Imprensa cobrindo talentos, descobrindo furos e “explicando” os sucessos editoriais

9. Leitores ora garimpando interesses, ora lendo os indicados ou presenteados, ora apenas seguindo “ordens” de formadores de opinião
Nessa engrenagem, alguns elementos aparecem como “inovadores”, por exemplo: a maioria dos autores precisa publicar por meio dos serviços de uma agência ou editora? A resposta é simplesmente: não. Mas é não, hoje, porque a indústria editorial oferece a impressão sobre demanda e o livro digital.
A convivência virtual simplifica e diversifica o trabalho de agentes, coachs, tradutores e equipe editoriais. Quase seguindo o ritmo de “tudo ao mesmo tempo agora”, esses profissionais estão cada vez mais envolvidos nos movimentos das informações, comportamentos e tendências que circulando pelos ponto com da rede. Rotina que altera todas as decisões que devem ser tomadas.
As “novas” necessidades dos departamentos comerciais das editoras, todos os dias, atualizam a administração e organização dos distribuidores e divulgadores dos títulos. Principalmente, devido à variedade de pontos de vendas e das formas de comprar livros. O inverso também acontece. Muito do conhecimento, adquirido na distribuição e divulgação, volta para mesa do editor como provável livro ou coleção a ser planejada e desenvolvida. Tanto de um lado como de outro, a presença do plano de marketing que aproxime autor e obra do seu leitor, agora, torna-se essencial.
Livreiros, muitas vezes, são “mentores” do que se deseja ler. Por lado, precisam constantemente procurar espaço físico para oferta e procura dos livros. Uma determinada obra que falta na prateleira, num dado momento, causa problemas ou leva o leitor a outros pontos de venda. A internet, a encomenda, o formato digital estão incitando mudanças nessa rotina.
A mídia impressa perdeu sua soberania: blogs, twitter, facebook e outras redes sociais na internet acabam gerando novos sucessos de vendas, que muitas vezes nem entram nas listas de mais vendidos e nem passam pelo tradicional ponto de venda: a livraria. Também, não podemos deixar de mencionar eventos de livros como as feiras, bienais, festas literárias etc., que contribuem muito para carreira dos autores e nas vendas de suas obras. Estamos falando de números que permitem autores comprarem imóveis, trocarem de carro, viajarem para o exterior sempre etc.
Se o livro é feito para públicos determinados tais como médicos, universitários, crianças e outros, a vendagem dessas obras nem chega a chamar atenção dos meios normais da engrenagem relacionada acima, mas é muito apreciada financeiramente na caminhada da gráfica ao leitor.
Estamos todos, agora, envolvidos nas atividades do maior evento da área: Frankfurt Book Fair. Quase a totalidade de profissionais do mercado editorial do mundo está trocando experiências, comprando e vendendo direitos para publicação, cinema, TV e muito mais. Sairão de lá, agora em outubro, todas as novidades que, de uma forma ou de outra, vão rodar vários países no próximo ano. Todavia, este ano não serão mais livros impressos apenas... O novo formato digital ou as necessidades da linguagem transmidia são a pauta da vez ou grande leilão da feira (palavra escrita e falada, imagem fixa e em movimento, relações por links a temas semelhantes etc.).
Depois da Frankfurt Book Fair de 2010, os votos dos investidores em direitos autorais terão inúmeras urnas para acompanhar a ebulição de novas plataformas de publicação.

Para a PublishNews em 05/10/2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Brasil é tema de café da manhã em Frankfurt


A iniciativa é da própria feira e tem o objetivo de apresentar a editores estrangeiros diversos aspectos do mercado brasileiro
PublishNews - 01/10/2010 - Maria Fernanda Rodrigues


O dinamismo do mercado editorial brasileiro levou a Feira de Frankfurt a organizar um café da manhã de negócios para contar a editores estrangeiros um pouco do que anda acontecendo aqui. No dia 6 de outubro, às 9h15, Ceciliany Alves (FTD), Miriam Gabbai (Callis), Ricardo Costa (PublishNews) e Ana Paula Hisayama (Companhia das Letras) falam sobre literatura infanto-juvenil, didáticos, direitos autorais entre outros temas.
Miriam, por exemplo, vai contar sobre sua experiência com a espanhola Kalandraka e mostrar como esses acordos binacionais podem ser feitos. Resultados de encontros como esse não são mensuráveis quantitativamente. “Só precisa de um bom contato para que tenha valido a pena”, comenta.
Miriam é uma dessas editoras que estão sempre de olho nas novidades e vai a todas as feiras que consegue. A Callis, por exemplo, era a única editora brasileira com estande em Tóquio neste ano. Nessas andanças, percebeu que o interesse do editor estrangeiro pelo Brasil mudou. “Percebo mais propostas e vejo que sabem mais sobre o país. O Brasil se tornou para eles um mercado potencial principalmente pelo tamanho da nossa população”, ressalta.
Em Frankfurt, ela quer mais vender do que comprar. “Tenho alguns encontros de compra, mas 90% deles são de tentativa de venda”, disse.
Inscrições devem ser feitas por e-mail. A organização é da Feira de Frankfurt com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Seminário discute self-publishing


O atual modelo tradicional de publicação foi alvo de críticas no evento realizado no Rio de Janeiro


A edição carioca do 1º Ciclo de Palestras sobre os Futuros do Livro, organizado pela Singular, braço digital do grupo Ediouro, aconteceu ontem (28), na Casa do Saber da capital fluminense. Ali, próximo à bela lagoa Rodrigo de Freitas, um grupo de 60 convidados ouviu as palestras do editor americano Mark Coker, da Smashwords, e de Luis Iglesias, executivo brasileiro da Hewlett-Packard. No final, uma mesa-redonda com Roberto Cassano (Agência Frog) e Ricardo Neves, autor de Ruptura, uma obra self-published. Os destaques ficaram para as falas de Coker e Neves. Ambos foram críticos ao modelo atual da indústria editorial de forte controle do que é ou não publicado, e defenderam o self-publishing – publicação independente pelo próprio autor – como uma alternativa importante para a democratização do acesso à publicação.
PublishNews - 29/09/2010 - Carlo Carrenho

"Acho que o modelo em que os editores decidem o que os leitores devem ler é errado", afirmou Mark Coker, presidente da Smashwords, empresa norte-americana de self-publishing digital. Ele reconheceu, no entanto, a importância do editor, mas acha que as editoras estão cada vez se comportando menos como editoras. “Ao tentar minimizar os riscos, as editoras estão publicando menos, com preços mais caros e, no caso do livro digital, utilizando DRM”, afirmou. E na visão de Coker isto faz com as editoras sejam menos amigáveis aos leitores e se afastem de seu papel original. O editor da Califórnia considera isto perigoso e reconhece a importância dos editores. “Quando os editores começam a agir cada vez menos como editores, os autores começam a se perguntar porque precisam deles”.

Durante a mesa-redonda, foi o consultor Ricardo Neves quem teceu duras críticas aos editores. Com livros publicados pela Campus, Ediouro e Senac Rio, Neves decidiu lançar sua mais recente obra, Ruptura, por conta própria. "Não existe a promoção do autor nacional. O editor brasileiro quer ir para Frankfurt e encontrar o bilhete premiado", afirmou o consultor, reclamando do trabalho das editoras brasileiras. “Falta às editoras a ousadia de fazer diferente”, complementou. Ao final de sua fala, questionado se sua crítica era ao momento editorial ou às editoras como um todo, explicou: "Minha colocação não foi algo ressentido contra as editoras. É minha forma apaixonada de falar.". O livro Ruptura está sendo lançado este mês. Resta acompanhar como será seu desempenho quando comparado aos demais livros do autor.

Para Newton Neto, diretor da Singular, o self-publishing representa uma oportunidade e não uma ameaça às editoras tradicionais. “Com um projeto paralelo de self-publishing, as editoras não precisam dizer não a nenhum autor.”

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Propostas de mudanças ameaçam o mercado editorial local e abrem um perigoso precedente

Direitos autorais: International Publishing Association volta os olhos para o Brasil
PublishNews - 31/08/2010 - Jens Bammel, especial para o PublishNews

Mudanças nas leis de direitos autorais são normalmente uma coisa boa: governos implementam os mais recentes tratados internacionais, como o Tratado Internacional da WIPO (World Intellectual Property Organization), ou atualizam suas leis para abranger novas tecnologias ou tentam resolver problemas práticos à medida que eles surgem.

Quando (no dia em que a Copa do Mundo começou) o Ministro da Cultura do Brasil propôs mudanças na lei de direitos autorais, a intenção pareceu outra: o acordo sobre a Internet da WIPO foi quase totalmente ignorado, mudanças tecnológicas foram apenas parcialmente tratadas e os editores não foram consultados sobre preocupações existentes ou problemas com a velha lei de direitos autorais.
Em vez disso, a lei brasileira tomou uma linha definitivamente mais ideológica: amplas exceções aos direitos autorais, inclusão sorrateira de novas práticas para uso livre, uma organização dos direitos autorais extremamente enfraquecida e restrita e uma agressiva licença compulsória são evidências da imagem negativa que o governo tem dos autores, editores e do conceito de propriedade intelectual.
A impressão é de que o governo vê os consumidores e os proprietários de direitos em luta e quer ficar do lado dos consumidores. Apesar de alguns ativistas da internet também verem o mundo dessa forma, a realidade é muito mais complexa e muito mais positiva:

O ambiente digital precisa de direitos autorais rígidos. Determinados serviços que são gratuitos para usuários contam com patrocínio de terceiros e, portanto, precisam de forte proteção de direitos autorais contra o uso não autorizado seja para o uso comercial ou não. Por exemplo, todos nós podemos ter acesso ao Google Maps, a menos que comecemos a re-usar esses mapas de uma maneira que Google não autorize.

Exceções nos direitos autorais, em particular naqueles casos em que não há espaço para compensação para os detentores dos direitos, ou negociação entre detentores e consumidores, são instrumentos grosseiros e inflexíveis que não resolvem sozinhos os problemas de acesso. A grande colaboração no Brasil entre organizações que representam deficientes visuais e editores está em fornecer esse tipo de acesso, o que uma exceção mal redigida nunca fornecerá às pessoas com deficiência, e nunca poderá fornecer, porque tem muito mais coisa envolvida em acessar do que apenas o direito de copiar.

Consumidores querem conteúdos baratos, mas eles também querem qualidade, querem diversidade e querem conteúdo adaptado às suas necessidades. A internet está cheia de conteúdo gratuito para escolas, mas não é feito para e nem é adaptado para as necessidades brasileiras. O papel dos editores de livros educacionais em fornecer conteúdo educacional mais profundo, divertido, inovador e, principalmente, eficaz, é, muitas vezes, mal compreendido. Nessa área o trabalho do editor é muito valioso para sociedade, requer grandes habilidades e conhecimento, e pode fazer uma grande diferença, particularmente onde os professores têm baixa qualificação. Um bom livro escolar permite que um professor comum atinja grandes resultados. Embora escolas precisem fazer algumas cópias, a nova lei permite a indiscriminada substituição de livros adquiridos das editoras por fotocópias, sem nenhuma compensação pelos direitos autorais e nenhum mecanismo para uma negociação justa entre escolas e os detentores dos direitos autorais.

O último exemplo mostra que os autores da proposta fariam bem em conversar e, ainda mais importante: em ouvir, os editores brasileiros. Nessa conversa eles aprenderiam sobre modelo de negócios, os investimentos necessários para bons livros didáticos, o valor da competição nesse importante setor e como editoras, de diversas maneiras, contribuem para a qualidade da educação. Por exemplo: quem poderia pensar que são os representantes das editoras que têm o papel mais importante em ensinar os professores sobre mudanças nos currículos e em ajudá-los a alcançar os objetivos educacionais?

Finalmente, há o interesse público em termos uma próspera cultura de livros. Pesquisa internacional mostra que em lares com 25 livros ou mais, crianças em idade escolar frequentam a escola dois anos mais do que as de casas sem livros. Livros bons e divertidos são fatores importantes na alfabetização, e leitores literários têm mostrado que são cidadãos mais ativos política, social e economicamente. A economia de conhecimento precisa de leitores e, portanto, de uma cultura do livro viva.

Qualquer Ministério de Cultura de qualquer lugar do mundo sabe e entende que cultura não é luxo. Diversidade bibliotecária, assim como ar puro e água, são bens públicos e o governo deve ajudar na manutenção deles - não no interesse dos editores mas no interesse dos consumidores. A International Publishers Association (IPA) e seus membros esperam que a proposta atual possa ser melhorada, com um diálogo com os titulares dos direitos autorais.

Jens Bammel é secretário-geral da International Publishing Association.

domingo, 8 de agosto de 2010

O balanço oficial da Flip 2010

Lívia Brandão, de Paraty para O Globo

Com um orçamento maior que o do ano passado, a Flip 2010 atraiu menos público. Em coletiva de imprensa realizada no começo da tarde deste domingo, a produção do evento estimou que entre 15 mil e 20 mil pessoas participaram da festa literária, número que chegou a 25 mil no ano anterior. Segundo Mauro Munhoz, diretor geral da Flip, o adiamento para agosto em função da Copa do Mundo e a comemoração do Dia dos Pais, neste domingo, teriam afastado possíveis visitantes. A previsão é de que em 2011 a Flip volte a ser realizada no começo de julho ou mesmo no fim de junho - sobre convidados almejados e o possível homenageado da próxima edição nada foi dito.


A festa, que começou na última quarta-feira e se encerra hoje, mobilizou oficialmente 147 autores, 21 deles estrangeiros e captou um total de R$ 6,3 milhões, R$ 1,3 deles provenientes do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 2009, a Flip dispôs de R$ 5,9 milhões.

- A programação superou expectativas, desde o começo sabíamos que Gilberto Freyre era um homenageado polêmico e isso suscitou discussões de alto nível - avalia Flávio Moura, diretor de programação da Flip, que considerou "antológica" a participação do poeta Ferreira Gullar, convocado de última hora para substituir o escritor italiano Antônio Tabucchi.

Moura também exaltou a ilustre presença de Robert Crumb, um dos nomes mais aguardados, que dividiu opiniões.

- A presença do Crumb em Paraty foi além do que foi dito na mesa da qual ele participou. Foi muito importante tê-lo passeando pelas ruas da cidade.

Sobre a desistência de Lou Reed em participar da Flip, Moura desdenhou.

- Diante de todos os acontecimentos e discussões das mesas, a ausência do Lou Reed não foi sentida.

Para a editora inglesa Liz Calder, presidente da Flip, cada vez mais a festa ajuda a literatura brasileira a ganhar reconhecimento no exterior.

- Colum McCann e Lionel Shriver elogiaram muito a festa, a cidade. Ian McEwan só fala disso há sete anos. O resultado é muito positivo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O incerto caminho até a publicação

Raquel Cozer - O Estado de S. Paulo


Anos atrás, o editor Paulo Roberto Pires presenciou uma inflamada discussão acerca do excesso de autores estreantes que as grandes editoras andariam colocando no mercado. Ele sabia que, a qualquer momento, um dos críticos poderia apontá-lo entre os culpados pelo que seria "falta de parcimônia" editorial. Como jornalista cultural, depois um dos organizadores da primeira Flip (2003) e, por fim, editor em duas das maiores casas publicadoras do País, a Planeta e a Ediouro, ele apresentou a um público mais abrangente alguns dos principais nomes da Geração 00, como João Paulo Cuenca, Joca Reiners Terron e Santiago Nazarian.
Pires não considera isso negativo. "Se um escritor é bom ou ruim, o tempo é quem diz. Era preciso sacudir o mercado naquele momento em que era enorme a diferença entre o que se editava e o que se via de interessante na internet." O fato é que atitudes como a dele ajudaram a estimular a aceitação a novos autores. "A internet alterou o perfil do lançamento de um estreante", avalia Vivian Wyler, gerente editorial da Rocco. "Está mais fácil ser autor agora do que quando quem badalava sua obra era visto com desconfiança, como se não tivesse a pátina correta de eruditismo. Hoje, ninguém vai criticar quem quer estar onde os leitores estão. As feiras literárias estão aí para provar."


A exposição só não alterou o fato de que a publicação por uma grande editora marca, em geral, o momento em que tudo muda na trajetória de quem quer viver de literatura - ou se tornar uma pessoa jurídica, como diz Cristovão Tezza, que pôde parar de dar aulas e viver apenas em razão de seus livros desde que O Filho Eterno, publicado pela Record, abocanhou quase todos os prêmios literários de 2008. "É importante a recepção que o livro tem quando vem de uma grande. As pessoas olham diferente para um livro da Companhia das Letras, por exemplo", diz Antonio Prata, que ingressou nesse olimpo literário em 2003, com As Pernas da Tia Coralina, publicado pela Objetiva.

O Sabático resolveu saber dos próprios autores qual o impacto de uma grande editora em sua carreira, como foi o caminho até ela e como se sentem a respeito numa época em que, cada vez mais, surgem boas casas de pequeno ou médio porte no País - como a 34, a Iluminuras e a Ateliê Editorial, só para ficar em três exemplos. Numa espécie de pesquisa informal, enviamos pequenos questionários a quase 70 escritores de todas as idades, dos quais 60 aceitaram participar. As questões foram feitas em cima do primeiro título lançado com distribuição nacional e grande alcance de divulgação. E que, na maior parte dos casos, não foi o primeiro que tiveram editado - Lya Luft, por exemplo, escreveu o primeiro livro 13 anos antes de chegar à Record, onde virou best-seller com As Parceiras, em 1980; Ana Miranda escreveu dois de poesias por editoras pequenas e ficou 10 anos retrabalhando o mesmo romance até enviar os originais de Boca do Inferno para a Companhia das Letras - foram mais de 200 mil exemplares desde 1989.

É claro, o caminho é bem mais rápido para quem não se dedica a outros trabalhos antes, como Lya, ou não se debruça tanto tempo sobre a mesma obra, como Ana. As duas, que estrearam em grande editora com 40 e 37 anos, respectivamente, estão acima da média de idade que os participantes da enquete tinham quando chegaram lá, 34 anos. Quase um quarto dos escritores (23%) conseguiu fechar um contrato no mesmo ano em que terminou de escrever o primeiro livro - apostas em iniciantes, como no caso dos autores editados por Paulo Pires, ajudam a engrossar esse número; prêmios literários e publicações anteriores de contos em periódicos e antologias também.

Mas um número parecido (20%) esperou mais de uma década desde as primeiras tentativas literárias até receber um convite de uma grande editora. Caso de gente como Affonso Romano de Sant'Anna (que esperou 22 anos até, aos 38, ter Poesia sobre Poesia publicado pela Imago), Cristovão Tezza (17 anos tendo obras recusadas até Traposair pela Brasiliense) e Marcelo Mirisola (15 anos escrevendo livros até ser convidado pela Record a lançar Joana a Contragosto).

Mas Mirisola, assim como Marcelino Freire e outros escritores, já era conhecido quando teve o romance editado pela maior editora do País. O reconhecimento chegou com Fátima Fez os Pés para Mostrar na Choperia, que a Estação Editorial, uma editora de médio porte, publicou em 1998. "No meu caso, não mudou nada", diz o paulistano sobre o título que saiu pela Record. Tanto que, depois disso, voltou para uma editora média, a 34, e em breve terá um infantil (a quatro mãos com Furio Lonza) pela Barcarolla.

Indicações

Só quatro dos 60 autores (Mirisola, Ana Miranda, João Almino e Tiago Melo Andrade) disseram que recomendações feitas por outros escritores ou pessoas próximas não facilitam o caminho para um iniciante. Tirando um ou outro que preferiu não emitir opinião a respeito, a grande maioria respondeu ao Sabático que a indicação abre portas, sim - mas todos ressalvaram que apenas permite aos manuscritos uma mãozinha para chegar logo ao topo da pilha de originais. Vinte e um dos autores disseram que escreveram a convite - está certo que boa parte deles já era algo conhecida por textos em antologias, periódicos ou editoras pequenas. Outros 38 afirmaram que enviaram originais; desses, 24 conheciam o editor ou tiveram a tal recomendação, e os 14 restantes afirmaram só ter oferecido os originais nas editoras. E uma única, dentre os 60, recorreu a um agente - Ana Maria Machado, publicada pela Francisco Alves, uma das grandes em 1983. "Nos EUA, é mais comum iniciantes contratarem agentes. Por aqui é raro o autor se arriscar a pagar um agente sem a certeza da publicação; isso só costuma acontecer quando eles já estão com carreira mais estabelecida", diz a editora Izabel Aleixo.

Por curiosidade, metade dos 38 autores que foram bem-sucedidos após enviar originais preferiram fazê-lo para uma só editora - uma espécie de ética que as casas publicadoras não exigem e que pode acabar sendo um problema para quem aspira ser editado. Luciana Villas Boas, diretora editorial da Record, por exemplo, diz que não vê mais originais em papel não solicitados. "Não há como. Se vem um e-mail, a gente até se situa. Se achar que a carta está bem feita e que existe um mínimo de potencial, vai para leitura. Recebo uns 25 emails por mês, sem falar nos que recebem todos os outros editores, e uma quantidade absurda de papel que não serve para nada."

Vivian Wyler, gerente editorial da Rocco, diz que passam de 150 os originais que chegam por mês à editora. A Rocco não veta os que chegam em papel, mas exige que todos venham gravados em CD - se o autor quiser mandar a impressão em anexo, fica por conta dele. "E, vou te dizer uma coisa, 98% dos livros. logo nas primeiras páginas, senão na carta de apresentação, você vê que não é um livro de verdade. Não falo nem de regras gramaticais, e sim de um mínimo de estilo, de consciência literária", diz Izabel Aleixo, ex-diretora editorial da Nova Fronteira, que acaba de assumir cargo na Paz e Terra. Isso faz com que bons livros se percam na montanha de aspirações literárias. E é aí que entra a recomendação. Não porque vá privilegiar alguém, mas porque permite a triagem.

Mas nem todos são adeptos da fidelidade. Elvira Vigna, ao terminar O Assassinato de Bebê Martê, abriu um catálogo do Snel (sindicato dos editores) e mandou uma cópia do romance a cada editora cujos nome reconheceu. Em menos de um mês, recebeu a resposta de uma das melhores do País, a Companhia das Letras. Nelson de Oliveira também mandou seus contos de estreia para cerca de 20 editoras, mas precisou esperar oito anos, ganhar um prêmio, o Casa de Las Americas, e ser recomendado por um dos jurados, Rubem Fonseca, para publicar pela mesma casa Naquela Época Tínhamos um Gato>. Hoje, voltou a publicar por pequenas editoras: "Não há mais muita diferença. Em geral, as pequenas se profissionalizaram." Ignácio de Loyola Brandão, que mandou cópias de seu Depois do Sol para 13 editoras, recebeu cartas padrões de quase todas e uma que não esqueceu, da Civilização Brasileira: "O autor escreve como quem mija." "Achei até que era elogio, mijar é um ato natural", conta. Acabou sendo publicado logo pela Brasiliense - e o editor Caio Graco, lembra Ignácio, aceitou a obra sem nem fazer reparos de edição.

Autores falam sobre o primeiro livro

"Já na Ateliê (de médio porte), com o Angu de Sangue, em 2000, minha vida literária mudou. Fui bastante resenhado, divulgado. Não sou desses que ficam com a bunda na cadeira, reclamando de editor"
Marcelino Freire

"As pessoas olham diferente para um livro da Companhia das Letras, por exemplo. Se fica mais fácil? Creio que sim. Mas não acho que no Brasil publicar seja problema. Isso é fácil. Difícil é vender"
Antonio Prata

"Aprendi que as pessoas não querem palpite nem sugestões, querem endosso e apadrinhamento. Qualquer restrição ou dica, por mínima que seja, é vista como ofensa e se ganha um desafeto"
Ana Maria Machado

"A passagem da Revan (de pequeno porte) para a Nova Fronteira não significou nada. Meu desempenho de público até piorou. Tanto que a Nova Fronteira não quis um segundo livro meu"
Alberto Mussa

"Aquele era o meu livro, era o livro possível, e se o editor fosse mais invasivo a obra não seria tão autêntica. Prefiro caminhar com as minhas próprias pernas e aprender com os meus próprios erros"
Adriana Lisboa

"A gente também passa a fazer outros trabalhos: textos de prosa e ficção para jornais, orelhas de livros, palestras. Para isso, é imprescindível ser publicado por uma grande editora, é evidente"
Cintia Moscovich

"Editoras grandes ajudam sobretudo em distribuição e divulgação, mas é precipitado dizer que necessariamente trazem mais público. Nada impede que isso seja alcançado em publicação independente"
Daniel Galera

"Quem leu (o primeiro livro que escrevi) achou péssimo e tive de concordar antes de enviar a qualquer editora. Mas todo livro é o primeiro. Já tive livros recusados depois de publicar o primeiro"
Bernardo Carvalho

"(A indicação) facilita o acesso à editora, mas não garante a publicação. É lenda achar que, por conhecer o autor ou ser amigo de alguém de seu círculo, o editor vai publicar o livro"
Cristovão Tezza

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Reforma revê direitos autorais

Por Tatiana de Mello Dias para o jornal O Estadão
O Ministério da Cultura (MinC) lança na segunda-feira a consulta pública que ajudará a definir o texto da reforma da Lei de Direitos Autorais. Foram vários adiamentos sucessivos e muita discussão – principalmente entre o MinC e as entidades de arrecadação privada. A consulta pública será totalmente online. “A ideia é debater aspectos mais ou menos nos moldes do Marco Civil da Internet”, explica Alfredo Manevy, secretário executivo do MinC.

“Eu acho que o processo demorou bastante, bem mais do que o previsto. Poderia ter sido concluído há um ano e meio”, critica Pablo Ortellado, professor da USP e coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai). O grupo participa da Rede pela Reforma da Lei de Direito Autoral, que reúne 20 organizações (como CTS-FGV, UNE e Idec) e pressiona o MinC a liberar o texto desde o ano passado.

Distração. O temor é que o debate perca força por causa da Copa do Mundo e das eleições. Além da pressão pela aprovação, o MinC também enfrentou resistência das entidades privadas contrárias à mudança. A Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) diz, por exemplo, que a lei 9.610 é atual e precisa só de retoques.

A principal diferença é que a nova legislação prevê um espaço para uso amigável e também mais flexibilidade para os autores discutirem prazos e condições de cessão de direitos, além da criação de um Instituto Nacional de Direito Autoral responsável por regular a atuação das entidades privadas. Esse é o ponto mais criticado pelas entidades de arrecadação, que acusam o MinC de estatização. O Ministério prefere definir as mudanças como a “criação da figura de um ‘Estado indutor’”.

Por ser tão restritiva, a legislação anterior, a lei 9.610, de 1998, foi considerada pela ONG Consumers International como a sétima pior do mundo em termos de acesso à educação. Ao pé da letra, a atual LDA proíbe fotocopiar livros para fins educativos, copiar obras para fim de conservação e usar pequenos trechos para remix. A nova legislação deve criar mecanismos para legalizar esses três exemplos.

“A ideia é ter um mecanismo para os autores ficarem mais independentes”, diz Samuel Barrichello, coordenador-geral de regulação em direitos autorais do MinC. Além disso, “a proposta é que 50% do valor da obra vá para o autor”. O Instituto de Direito Autoral não determinará valores, mas definirá regras básicas de atuação das entidades de arrecadação. “É meio obrigatório existir gestão coletiva. Mas esses órgãos precisarão ser registrados no ministério.”

Acesso. A legislação não só deve proteger e garantir que o autor receba por sua criação mas também garantir que o público tenha acesso aos bens culturais – e é esse o ponto criticado pela Consumers International. O novo projeto de lei deverá prever uma série de exceções e limitações para que, por exemplo, seja permitido digitalizar um filme cujo diretor não seja mais localizável. E também regulamentará o remix, a possibilidade de uso de pequenos trechos da obra. “A ideia é criar flexibilidade para que se possa usar uma obra sem infringir os direitos autorais”, diz Barrichello.

Para Para Ortellado, a reforma da lei traz avanços importantes, mas poderia trazer mudanças mais ousadas – como a diminuição dos prazos de proteção (que continua a ser de 70 anos) e a regulação do compartilhamento na internet. “Poderíamos aproveitar essa janela de oportunidade”, sugere. “É preciso falar mais em trazer remuneração pela música na internet”, sugere o produtor Pena Schmidt, que, junto de Ortellado, também assina o manifesto pela mudança da LDA. “Não há porque criminalizar a fruição da nossa cultura. É preciso descobrir como cobrar e remunerar os direitos adequadamente, sem tratar os ouvintes e promotores como inimigos.”

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mais vencedores dos prêmios da ABL

Retirado do Caderno Prosa & Verso do Globo

A Academia Brasileira de Letras anunciou nesta quarta-feira os ganhadores do Prêmio ABL de 2010 nas categorias ficção, infantojuvenil, tradução e poesia. Na terça-feira a ABL já havia divulgado o nome do crítico literário Benedito Nunes como o vencedor do maior prêmio da casa, o Machado de Assis, dado pelo conjunto da obra.

O escritor carioca Rodrigo Lacerda venceu na categoria ficção (que engloba conto, romance, teatro) com o livro "Outra vida" (Alfaguara). Na categoria infantojuvenil o vencedor foi "Marginal à esquerda" (RHJ Livros), da escritora e ilustradora mineira Ângela Lago. Já o prêmio para tradução foi para as mãos do pernambucano Milton Lins, pelo livro “Pequenas traduções de grandes poetas”. Finalizando a lista, o livro “A máquina das mãos” (7Letras) deu ao maranhense Ronaldo Costa Fernandes o prêmio na categoria poesia.

A cerimônia de premiação acontecerá no Petit Trianon dia 20 de julho, no 113 aniversário da ABL. Cada um dos vencedores receberá, além do diploma, R$ 50 mil. Benedito Nunes receberá R$ 100 mil pelo Machado de Assis.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LBF to host complementary business lounge at BEA

London Book Fair will have a complementary business lounge at this year's BookExpo America, with meeting areas, an internet cafe and will screen highlights of this year's London Book Fair.


Organisers said the lounge was to recognise those who could not attend April's fair because of the widespread disruption caused by the volcanic ash cloud. The lounge will be in the 4E Terrace off the Crystal Palace. The organisers will also have stand on the show floor for sales enquiries.

LBF will also launch its new Connect service at BEA, a social networking site that allows members to create profiles, search for visitors and exhibitors, communicate and arrange meetings.

Alistair Burtenshaw, group exhibition director of London Book Fair, said: "LBF 2010 was certainly memorable both for those who were there and those who couldn’t get there! It is our pleasure to be able to provide a corner of LBF and Britain in a sister fair here in New York.

"We are delighted to have the opportunity to meet with those who were grounded this year due to the volcanic ash and to bring a taste of The London Book Fair both through showcasing some of our seminars and events but also through the ever British medium of tea and cakes.

"This is just one of the ways we are thanking our customers for their support of us and also a fantastic opportunity to provide a networking forum just six weeks after The London Book Fair."

Extraído do Book Seller em 21/08/2010.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dez mandamentos do agente

Retirado do site da PublishNews e escrito pela agente literária Marisa Moura

Na nossa primeira coluna falamos que o agente é “o profissional que percorre o mercado editorial captando autor, mapeia o editor, considera o distribuidor, é também um observador do livreiro e conversador tal qual um leitor. Sempre conectado a todos os movimentos de procura de livros nas áreas que atua: seja ficção, seja ensaio etc.” E ainda perguntamos: mas como o agente faz tudo isto? Hoje relacionamos dez principais mandamentos que o agente segue:


1. Administrar (vender e gerir) direitos autorais para qualquer forma de publicação, respeitando as leis de direitos autorais e preservando o respeito à obra no mercado.

Não considere seu agente apenas como um vendedor, estará perdendo grandes oportunidades que são resultado dessa parceria.

2. Transitar e desenvolver bons relacionamentos com o mercado. Criar boas parcerias entre editores e autores.

Seu agente deve saber quem é quem no mercado no qual você deseja publicar. Os agentes, cada um a seu modo, cultivam relações.

3. Informar, claramente, seus clientes de todo processo de administração.

Nem sempre o que um agente tem para lhe falar é o que você deseja ouvir. Mas saiba, nenhum agente desiste de defender seus clientes.

4. Conciliar todas as partes envolvidas nos contratos de publicação. Tornar-se um ponto de apoio para resolver desafios.

Manter uma excelente relação entre todos os envolvidos nos contratos é a principal meta de um agente. Incitar sempre boas parcerias em todas as áreas.

5. Planejar a administração das obras, visando a carreira do autor ou editora no mercado nacional ou internacional.

Na função de administrador, o agente procura o melhor espaço para seus clientes no mercado.

6. Orientar seus clientes a tomar decisões, baseado sempre em atualizadas pesquisas e informações sobre o mercado.

Saber dos riscos e das vantagens em cada decisão garante segurança para sua carreira.

7. Manter uma comunicação fácil, ágil e honesta com seus clientes.

Comunicar implica na boa vontade de duas pessoas, confira as possibilidades das partes.

8. Conhecer as ferramentas de texto para o tipo de obra que está prestando serviço, seja ficção ou não-ficção.

Basicamente, o agente é um leitor intenso de obras, de tendências, de informações. Alguns vão além, criam projetos, fazem o serviço de coach, participam ativamente do processo de criação do livro.

9. Saber como e porquê defender a administração de uma obra ou carreira. Em muitos casos, o agente, realmente, admira seus clientes e suas obras.

Com muitos ou poucos argumentos, o agente vai defender seus clientes e mais justificar a necessidade deles no mercado.

10.Acompanhar a carreira de seus clientes, sempre procurando explorar novas atividades.

Esse último mandamento é seguido a dois, se o cliente esconde seus feitos, pode estar desejando um detetive. Pense nisso.

Concluindo, sabemos que você pesquisou muito sobre esse profissional, leu tudo em português e inglês (língua na qual você vai encontrar muito mais informações disponíveis), certo? Pois bem, quando for fechar contrato, pondere com o agente tudo sobre o serviço. Se for o caso, relacione item a item e converse sobre o que inclui cada serviço que está sendo contratado.

Uma coisa que você, como autor, não deve se esquecer jamais é de que o agente literário age sobre algo concreto. Podem ser obras, informações, ideias, contratos, uma lista variada. Mas o único, o exclusivo fornecedor desse algo será sempre o autor. Sem ter uma comunicação aberta e honesta com o agente que escolher, o autor está aos poucos desfazendo o contrato, que pode ter sido muito difícil de conseguir.
Está aberta a inscrição do Prêmio SESC de Literatura 2010.

Autores estreantes têm até o dia 30 de setembro para inscrever seu romance ou livro de contos, inéditos. Lançada em 2003, a premiação tem o objetivo de revelar novos talentos e promover a literatura nacional. E o prêmio não poderia ser melhor: os vencedores nas duas categorias terão as obras editadas e distribuídas pela Record e participarão da programação literária das unidades do Sesc. Além disso, ganham 10% do valor de capa quando o livro for comercializado em livrarias. O Prêmio SESC é a porta de entrada para alguns bons escritores, que continuaram lançando livros depois da premiação. Entre eles, André de Leones, vencedor em 2005 com o romance Hoje está um dia morto, e Lucia Bettencourt, que ficou, também em 2005, com o primeiro lugar na categoria contos com A secretária de Borges. Outros bons exemplos são os de Wesley Peres (Casa entre vértebras, 2006) e Maurício de Almeida (Beijando dentes, 2007). A edição 2009 teve 667 inscrições, maior número desde sua criação. Confira o regulamento no site.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Foucault's pendulum is sent crashing to Earth

Historic instrument is irreparably damaged in an accident at a Paris museum.
Clea Caulcutt reports

If there were ever any truth in the esoteric tales of Umberto Eco's bestselling novel Foucault's Pendulum, it seems that the key to that knowledge has been lost.

The original pendulum, which was used by French scientist Leon Foucault to demonstrate the rotation of the Earth and which forms an integral part of Eco's novel's labyrinthine plot, has been irreparably damaged in an accident in Paris.

The pendulum's cable snapped last month and its sphere crashed to the marble floor of the Musee des Arts et Metiers.

In 1851, Foucault used the pendulum to perform a sensational demonstration in the Paris Pantheon, proving to Napoleon III and the Parisian elite that the Earth revolved around its axis. Such was its success that the experiment was replicated throughout Europe.

Thierry Lalande, the museum's ancient scientific instruments curator, said that the pendulum's brass bob had been badly damaged in three places and could not be restored.

"It's not a loss, because the pendulum is still there, but it's a failure because we were unable to protect it," he said. The circumstances surrounding the accident have raised eyebrows in France.

The museum regularly hosts cocktail parties in the chapel that houses the pendulum, and Mr Lalande admitted that several alarming incidents had occurred over the past year. In May 2009, for example, a partygoer grabbed the 28kg instrument and swung it into a security barrier.

Amir D. Aczel, research Fellow in the history of science at Boston University, described the news of the accident as "saddening".

"It is certainly one of the most important historical instruments of all time. It's a bit like hearing that one of the statues at the Vatican has been broken," he said.

Foucault's experiment involved releasing a pendulum and watching the Earth rotate under its oscillation frame. Dr Aczel said that it brought "closure for Galileo" and led the Church to accept the rotation of the Earth.

William Tobin, a retired astronomy lecturer and biographer of Foucault, said that the accident was embarrassing for the museum, and a blow for academia.

Dr Tobin helped to identify the pendulum used by Foucault from among the other similar instruments held in the museum, and said that examining old instruments in the flesh "tells you more about the development of science than the written record can".

However, Thibault Damour, professor of theoretical physics at the Paris Institut des Hautes Etudes Scientifiques, said scholars would find comfort in the fact that the legacy of Foucault's experiment, which asked "fundamental questions about the nature of space and time", lived on in "Einstein's thought and in current experiments".

In particular, he pointed to a recent Nasa mission, Gravity Probe B, which verified Einstein's theory of relativity, which explains why the oscillation plane of the pendulum does not remain fixed in absolute space, as expected by Foucault, but is slowly dragged by the presence of the rotating Earth.

Extraído do Times Higher Education

Romance reconstitui Império Romano com bom humor


Alvaro Costa e Silva, Jornal do Brasil



RIO - O centésimo em Roma, de Max Mallmann, agrada e surpreende: é um bem-humorado romance histórico escrito com base em uma sólida pesquisa, com direito a epígrafes de Plutarco e Machado de Assis. Para se ter uma ideia de quanto o autor é apaixonado e pesquisou o assunto, basta ler as extensas “Notas diversas (ou o quê, quem, onde, quando, por quê e como, mas não nessa ordem” que fecham o volume. O herói é o ambicioso centurião Publius Desiderius Dolens, que, depois de sete anos combatendo bárbaros na Germânia, onde ganhou o epíteto de Carniceiro de Bonna, está de volta às vielas da cidade eterna. Isso em 68 d.C., quando as legiões romanas dominavam o mundo. Nero, o insano, imperava. Nesta entrevista, Max Mallmann fala de seu fascínio pela antiguidade, da pesquisa que realizou para escrever o livro e de como o cinema e a literatura veem a Roma Antiga.

Veja a entrevista completa com Max Mallmann no JBOnline ou no site do autor

Brasileiros lideram a lista de finalistas do Portugal Telecom 2010



Foram anunciados na tarde deste sábado (15), no Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, os finalistas do Prêmio Portugal Telecom 2010. O Brasil lidera o número de concorrentes, mas Lobo Antunes está no páreo com dois livros. O vencedor da edição passada foi Nuno Ramos. O prêmio reconhece, ainda, o escritor revelação do ano.
A listagem revelou ainda que editoras pequenas como a 7Letras e autores pouco conhecidos estão no páreo com megablocos editoriais com a Record e a Companhia das Letras e autores como Chico Buarque e João Ubaldo Ribeiro.




1. A boca da verdade - Mario Sabino - Record

2. A casa deles - Ana Paula Pacheco - Nankin Editorial

3. A cidade ilhada - Milton Hatoum - Companhia das Letras

4. A minha alma é irmã de Deus - Raimundo Carrero - Record

5. A passagem tensa dos corpos - Carlos de Brito Mello - Companhia das Letras

6. A teoria do jardim - Dora Ribeiro - Companhia das Letras

7. Aleijão - Eduardo Sterzi - 7Letras

8. Algum lugar - Paloma Vidal - 7Letras

9. Antes de nascer o mundo - Mia Couto - Companhia das Letras

10. Avó dezenove e o segredo do soviético Ondjaki - Companhia das Letras

11. Barroco tropical - Jose Eduardo Agualusa - Companhia das Letras

12. Bili com limão verde na mão - Decio Pignatari - Cosac Naify

13. Boa noite, Senhor - Soares Mario Claudio - 7Letras

14. Caim - Jose Saramago - Companhia das Letras

15. Céu de origamis - Luiz Alfredo Garcia-Roza - Companhia das Letras

16. Cine privê - Antonio Carlos Viana - Companhia das Letras

17. Coração andarilho - Nélida Piñon - Record

18. Crônicas da Mooca - Mino Carta  - Boitempo Editorial

19. Do que ainda - Júlio Castañon Guimarães - Contra Capa

20. Escarnho - Paulo Franchetti - Ateliê Editorial

21. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato - Companhia das Letras

22. Golpe de ar - Fabricio Corsaletti - Editora 34

23. Inverdades - Andre Sant'Anna - 7Letras

24. Lar, - Armando Freitas Filho - Companhia das Letras

25. Leite derramado - Chico Buarque - Companhia das Letras

26. Mandingas da mulata velha na cidade nova - Nei Lopes - Lingua Geral

27. Matriuska - Sidney Rocha - Iluminuras

28. Meu amor - Beatriz Bracher - Editora 34

29. Miguel e os demônios - Lourenço Mutarelli - Companhia das Letras

30. Moça com chapéu de palha - Menalton Braff - Lingua Geral

31. Monodrama - Carlito Azevedo - 7Letras

32. No mundo dos livros - Jose Mindlim - Agir

33. O albatroz azul - João Ubaldo Ribeiro - Nova Fronteira

34. O filho da mãe - Bernardo Carvalho - Companhia das Letras

35. O gato diz adeus - Michel Laub - Companhia das Letras

36. O livro dos mandarins - Ricardo Lísias - Objetiva / Alfaguara

37. O meu nome é legião - Antonio Lobo Antunes - Objetiva / Alfaguara

38. O seminarista - Rubem Fonseca - Agir

39. O sexo vegetal - Sergio Medeiros - Iluminuras

40. Olhos secos - Bernardo Ajzenberg - Rocco

41. Os espiões - Luis Fernando Veríssimo - Objetiva / Alfaguara

42. Outra vida - Rodrigo Lacerda - Objetiva / Alfaguara

43. Passageira em trânsito - Marina Colasanti - Record

44. Perdidos na toscana - Afonso Romano Sant'Anna - L&PM Editores

45. Poemas do Brasil - Maria Teresa Horta - Brasiliense

46. Pornopopéia - Reinaldo Moraes - Objetiva

47. Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar? - Antonio Lobo Antunes - Objetiva / Alfaguara

48. Rei do cheiro - João Silverio - Trevisan Record

49. Se eu fechar os olhos agora - Edney Silvestre - Record

50. Sob o céu de Samarcanda - Ruy Espinheira Filho - Bertrand Brasil

51. Tabasco - Lucila Nogueira - Selo Off FLIP

52. Um a menos - Heitor Ferraz Mello - 7Letras

53. Violetas e pavões - Dalton Trevisan - Record

54. Yuxin - Ana Miranda - Companhia das Letras

domingo, 9 de maio de 2010

Design: Don't judge a book by its cover, particularly in France

Books are routinely given completely different covers abroad, often with baffling results. Tom Lamont asks the designers responsible to explain why



Capa do Livro Everything is Iluminated no Reino Unido e na França


Albums are sold across the world inside a universal sleeve, blockbuster films branded in a singular style. But novels, by a convention that nobody in the publishing industry seems fully able to explain, must be re-jacketed from territory to territory. It inspires all kinds of illustrative madness, and makes browsing foreign bookshelves a fascinating – often bewildering – experience.

What possible discussions took place in Germany, for instance, when publishers first received the manuscript for Martin Amis's House of Meetings – a novel that describes the misery of life in a Russian gulag – and set to work on a cover that featured six figures body-popping in the windows of a modern apartment block? What prompted Italian book designers to give junior wizard Harry Potter a hat shaped like a mouse, and why did the French opt against the monochrome design that jacketed Jonathan Safran Foer's Everything is Illuminated in the UK and the US, concocting instead a watercolour of somebody fondling a woman's breasts?

"What you are trying to get across on a cover is the essence of a book, quite an ambiguous thing," says Nathan Burton, a British designer who created the striking cover for Ali Smith's The Accidental, based on an image of a dead woman. "Designers in different countries read and interpret the fiction in different ways." It doesn't quite explain how Germany arrived at silhouetted dancers for House of Meetings, but "the germ of an idea can come from anywhere," says Burton. He points to the Swedish cover of The Accidental, on the surface a starkly different treatment – "but there's a photograph of a girl, bold sans serif type... You could argue that they are born out of a similar thought process."

There are colder business reasons for creating jackets that differ by territory, says Julian Humphries, head cover designer at Fourth Estate: "Different sales channels have different sensibilities." It can be hard to pinpoint what exactly these sensibilities are – "It's a cultural thing," he says, "as taste-driven as different countries eating different things for breakfast" – but broadly speaking, literary fiction is an easier sell in mainland Europe than in the UK or the US, so publishers there can be less overt in their attempts to grab the attention of customers. "In Europe you often see book covers with simple images and plain type, and that sells books for them," says Burton, whose colourful design for A Fraction of the Whole by Steve Toltz stands in stark contrast to the black-and-white German edition. "The UK book market is more competitive, all the covers in shops shouting: 'Buy me!' We have to put on a bit of extra spin."

The US, meanwhile, tends to signpost its literary fiction more than the UK, says Humphries. "With their version of Wolf Hall, for instance, they picked out the history bent of the novel much more. Theirs was a great cover, and won prizes everywhere."

Why don't publishers, then, replicate covers that have been a success abroad? "It does happen but it's quite rare," says Humphries. Megan Wilson, an art director at Knopf Doubleday in New York, says that American designers are sometimes asked to look at British jackets, "as an example of something that works or doesn't, but we are rarely asked to use them directly". Burton tries to avoid looking at alternative covers if he's working on a book that's already been published. "It can take you off on odd tangents. It's always best to work from fresh."

Having worked in both the US and the UK, Wilson is sceptical about book buyers being so different in each country that they require different covers. "Why is there a need to design different covers for different countries? I don't believe there is one. When I crossed over to New York publishing after working in the British industry, I didn't change my style at all."

"I don't know whether it comes down to bloody-mindedness to do our own thing," says Andrew Smith, a designer at Penguin, "but it has certainly become the norm to start covers from scratch." Could it be that all this re-jacketing zeal – the Alexander McCall Smith reimagined in France to look like an issue of National Geographic, a British Stieg Larsson designed with all the artistic nous of an NHS pamphlet – comes down to pride?

"There probably is an element of that to it," says Smith, who was part of the team behind the black-and-white jacket of Everything is Illuminated. On the colourful nudes of the French edition of that book, he is diplomatic.

"Not really my cup of tea."


The Guardian, 9 de maio de 2010.

Regulamento do concurso cultural 'Contos do Rio'

1. Este concurso cultural é promovido pela INFOGLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. (Infoglobo), empresa sediada na capital do estado do Rio de Janeiro, à Rua Irineu Marinho, nº 35, Cidade Nova, inscrita no CNPJ sob o nº 60. 452.752/0001-26 - possui caráter exclusivamente cultural, não havendo qualquer modalidade de sorte ou pagamento por parte dos participantes, não sendo, portanto, necessária a aquisição de qualquer produto, bem ou serviço, de acordo com o artigo 3º, parágrafo II, da Lei nº 5768/71 e com o artigo 30º do Decreto-Lei nº 70.951/72.


2. O concurso "Contos do Rio" tem a finalidade de estimular a produção literária e incentivar a cultura, premiando obras inéditas que tenham a cidade do Rio de Janeiro como cenário.

3. Este concurso é destinado exclusivamente a autores desconhecidos, maiores de idade, residentes e domiciliados no território nacional, que apresentem textos totalmente inéditos, ainda não publicados, incluindo, mas não se limitando a Internet.

4. É vedada a participação de: (i) ganhadores de outras edições do concurso "Contos do Rio"; (ii) escritores consagrados nos meios de comunicação; (iii) escritores que tenham textos já publicados; e (iv) funcionários das empresas direta ou indiretamente envolvidas na organização deste concurso, suas subsidiárias, entidades afiliadas, consultores, agências, familiares (definidos como: pais, filhos, irmãos e esposas/os ou que residam no mesmo domicílio do funcionário).

5. Para os fins previstos neste regulamento, serão considerados autores desconhecidos aqueles que não tenham nenhum livro, de ficção ou não ficção, publicado até o último dia da inscrição neste concurso. Obras inéditas são aquelas que não tenham sido objeto de publicação até o encerramento deste concurso.

6. O prazo do presente Concurso tem início no dia 10 de abril de 2010 e término no dia 11 de junho de 2010.

7. As inscrições das pessoas impedidas de participar deste concurso, quando identificadas, serão invalidadas e desclassificadas imediatamente.

8. Para concorrer, os participantes deverão enviar pelos Correios à Infoglobo, para o endereço Caderno Prosa & Verso, Rua Irineu Marinho, nº 35, 2 º andar, Rio de Janeiro - RJ, CEP 20230-901, 06 (seis) vias impressas de um conto cujo cenário seja a cidade do Rio de Janeiro, tomando como mote para o enredo ficcional a fotografia de Márcia Foletto postada acima. O texto deve ter o limite máximo de 5 mil caracteres (incluindo os espaços). A data limite para postagem é 11 de junho de 2010.

8.1. Os contos devem ser assinados exclusivamente com pseudônimos. Entretanto, dentro do envelope e juntamente com 06 (seis) vias do conto, deverá ser inserido um envelope menor lacrado com o pseudônimo subscrito do lado de fora do mesmo, e, no seu interior, o nome verdadeiro do participante e seus demais dados como endereço completo, identidade, CPF, data de nascimento, e-mail e telefone para contato, de forma a permitir a identificação e localização do participante inscrito.

8.2. Os participantes também poderão optar por efetuar a entrega dos contos, de acordo com o estabelecido nos itens 8 e 8.1 supra, na portaria da sede da Infoglobo, cujo endereço se encontra mencionado no item 1 acima.

9. Os contos enviados pelos participantes obrigatoriamente deverão estar correlatos ao tema proposto pelo concurso cultural e não possuir conteúdos que: (I) possam causar danos a terceiros, seja através de difamação, injúria ou calúnia, danos materiais e/ou danos morais; (II) sejam obscenos e/ou pornográficos; (III) contenham dados (mensagens, informação, imagens) subliminares; (IV) contenham dados ou informação que constituem ou possam constituir crime (ou contravenção penal) ou que possam ser entendidos como incitação à prática de crimes (ou contravenção penal); (V) constituem ofensa à liberdade de crença e às religiões;(VI) contenham dado ou informação racista ou discriminatória; (VII) violem qualquer lei ou sejam inapropriados; (VIII) tenham intenção de divulgar produto ou serviço ou qualquer finalidade comercial; (IX) façam propaganda eleitoral ou divulguem opinião favorável ou contra partido ou candidato; (X) tenham sido produzidos por terceiros.

10. Somente serão aceitas inscrições que preencham todas as condições necessárias, realizadas dentro do período estabelecido no item 12 abaixo e através do procedimento previsto neste regulamento. Os dados fornecidos pelo participante, no momento de sua inscrição, deverão ser corretos, claros e precisos. São de total responsabilidade do participante a veracidade dos dados fornecidos à Infoglobo.

11. Cada autor poderá participar do Concurso "Contos do Rio" apenas uma vez e com apenas um conto.

12. O prazo de envio dos contos encerra-se no dia 11 de junho. Não serão aceitos os textos cuja data de postagem no correio ou entrega na portaria da Infoglobo ultrapasse esse dia.

13. Os contos serão analisados por uma Comissão Julgadora composta pela equipe do caderno Prosa & Verso do jornal O Globo, bem como por outros jornalistas convidados pela equipe, cujas decisões serão soberanas e irrecorríveis. É vedada a utilização de trechos ou totalidade de obras já publicadas. Uma vez constatada a utilização, o conto será desclassificado.

13.1. No caso de contos idênticos, enviados por participantes diferentes, será considerado como válido aquele com a data de envio mais antiga.

14. A avaliação dos contos será realizada com base nos critérios de adequação ao tema proposto, originalidade, criatividade, qualidade técnica empregada e ao respeito à limitação de caracteres especificado no item 8 acima.

15. Serão selecionados 10 (dez) contos, sendo que a premiação será feita apenas aos três primeiros melhores autores da seguinte forma: (i) o autor do melhor conto receberá como prêmio R$3.000,00 (três mil reais) em dinheiro, sendo considerado o grande vencedor do concurso "Contos do Rio"; (ii) o autor do segundo melhor conto selecionado receberá R$ R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais); (iii) o autor do terceiro melhor conto receberá R$ 1.000,00 (um mil reais). Todos os dez contos selecionados serão publicados no caderno Prosa & Verso do jornal O Globo, em data a ser oportunamente definida e informada aos vencedores.

16. A divulgação do resultado do Concurso, indicando os 10 (dez) contos selecionados, será feita no caderno Prosa & Verso do jornal O Globo, em data a ser oportunamente definida.

17. A divulgação dos três contos vencedores do concurso será feita em reportagem publicada pelo caderno Prosa & Verso, em data a ser oportunamente definida.

18. No caso de fraude comprovada o vencedor será excluído automaticamente do concurso e a Infoglobo terá o direito de premiar o participante subseqüente, conforme o ranking de colocados definido pela Comissão Julgadora, quando da apuração dos vencedores, desde que preenchidos os requisitos básicos constantes neste regulamento.

19. Os prêmios são pessoais e intransferíveis. Os vencedores deverão assinar uma declaração atestando o recebimento dos prêmios e a completa idoneidade do concurso.

20. Os participantes concordam em autorizar, por tempo indeterminado, o uso, pela Infoglobo, de suas imagens, som de voz e nomes em filmes, vídeos, fotos, anúncios em jornais e revistas para divulgação do Concurso "Contos do Rio", além da publicação dos mesmos no jornal e na Internet, sem nenhum ônus para a Infoglobo.

21. Eventuais dúvidas relacionadas com este concurso e seu regulamento podem ser esclarecidas através do e-mail: comunicaçãoinfoglobooglobo.com.br. As dúvidas oriundas deste regulamento serão julgadas pela comissão composta pela equipe do caderno Prosa & Verso do jornal O Globo e sua decisão será irrecorrível.

22. A participação neste concurso implica na aceitação total e irrestrita de todos os itens deste regulamento.

23. Para todos os efeitos legais, os participantes do presente Concurso declaram ser os legítimos autores dos contos inscritos e garantem o ineditismo dos mesmos, responsabilizando-se e isentando a Infoglobo de qualquer reclamação ou demanda que porventura venha a ser apresentada em juízo ou fora dele.

24. Todos os textos contendo os contos enviados, inclusive os vencedores, não serão devolvidos aos seus respectivos autores-participantes após o término deste Concurso, os quais, desde já, cedem, a título gratuito e definitivo, à Infoglobo, de forma irrevogável e irretratável, os direitos autorais patrimoniais de publicação e utilização dos contos, permitindo suas reproduções parcial ou integralmente, edições, modificações, arquivamento e disponibilização a terceiros por qualquer forma, a título gratuito ou oneroso, mediante licenciamento ou cessão, sem limitação de território.

25. A Infoglobo reserva-se no direito de alterar qualquer item deste Concurso, bem como interrompê-lo, se necessário for, mediante prévio aviso de 05 (cinco) dias, por meio de comunicação destinada a todos os participantes efetivamente inscritos, os quais, caso não concordem com os termos alterados, poderão cancelar a inscrição de participação no Concurso, a fim de se liberarem das obrigações ora assumidas.

26. A participação neste concurso cultural não gerará ao participante e/ou contemplado nenhum outro direito ou vantagem que não estejam expressamente previstos neste Regulamento.

27. Este regulamento estará a disposição dos leitores no site do O Globo Online e na portaria da sede da Infoglobo até o término do concurso.

Retirado de O Globo Online

Lista dos Best Sellers do NY Times desta semana

Hardcover Fiction

Last Week /Weeks on List


1 THE 9TH JUDGMENT, by James Patterson and Maxine Paetro. (Little, Brown, $27.99.) Detective Lindsay Boxer pursues a killer who’s preying on women and children. 1

2 LOVER MINE, by J. R. Ward. (New American Library, $25.95.) Book 8 of the Black Dagger Brotherhood series. 1

3 THE HELP, by Kathryn Stockett. (Amy Einhorn/Putnam, $24.95.) A young white woman and two black maids in 1960s ­Mississippi. 2 /57

4 DELIVER US FROM EVIL, by David Baldacci. (Grand Central, $27.99.) Two agents are tracking the same man, a human trafficker who is now dealing in nuclear arms. 1 /2

5 HANNAH’S LIST, by Debbie Macomber. (Mira, $24.95.) A doctor receives a letter from his dead wife in which she asks him to marry one of three women she has chosen for him. 1

6 THE SHADOW OF YOUR SMILE, by Mary Higgins Clark. (Simon & Schuster, $25.99.) An elderly woman must decide whether to reveal a family secret. 6 /3

7 THE DOUBLE COMFORT SAFARI CLUB, by Alexander McCall Smith. (Pantheon, $24.95.) The 11th novel in the No. 1 Ladies’ Detective Agency series. 3/ 2

8 THIS BODY OF DEATH, by Elizabeth George. (Harper/HarperCollins, $28.99.) Detective Thomas Lynley becomes involved when a woman’s body is found in a London cemetery. 4 /2

9 LUCID INTERVALS, by Stuart Woods. (Putnam, $25.95.) Stone Barrington, the New York cop turned lawyer, helps search for a former British intelligence operative. 5 /2

10 EVERY LAST ONE, by Anna Quindlen. (Random House, $26.) After a shocking assault on her family, a woman must discover how to live the rest of her life. 8 /3

11 THE GOD OF THE HIVE, by Laurie R. King. (Bantam, $25.) Mary Russell and her husband, Sherlock Holmes, are separated and on the run from a ruthless foe. 1

12 HOUSE RULES, by Jodi Picoult. (Atria, $28.) A teenage boy with Asperger’s syndrome is accused of murder. 12 /9

13* CHANGES, by Jim Butcher. (Roc, $25.95.) Book 12 of the Dresden Files series about a wizard detective in Chicago. 10 /4

14 EIGHT DAYS TO LIVE, by Iris Johansen. (St. Martin’s, $27.99.) A painting by Eve Duncan’s adopted daughter draws the ire of a religious cult. 9 /2

15 BURNING LAMP, by Amanda Quick. (Putnam, $25.95.) A Victorian crime lord fears he has fallen prey to an ancestral curse; an Arcane Society novel. 7/2

Censorship At Tehran's Book Fair

May 09, 2010

Reports have emerged about the banning of some books and pressure on independent publishers at the Tehran Book Fair, which is one of the most important cultural events in the Islamic Republic.

Iran's Writers Association has said in a statement that a number of prominent publishing houses have been banned from attending the fair and the licenses of several have been cancelled. According to the statement, several of the publishers have also been summoned by security officials.

Censorship in the Islamic Republic is nothing new, but as the Writers Association points out, the summoning of publishers and revoking licenses is unprecedented.

The group has condemned the state pressure on independent book publishers and warned about the "increased censorship and cultural crackdown" in Iran.

Iranian news websites report that only books that have been published since President Mahmud Ahmadinejad took power in 2005 have been allowed to be presented at the book fair.

The "Bamdadkhabar" website cites a report by the ILNA news agency according to which books by renowned Iranian writer and critic Houshang Golshiri and prominent female poet Forough Farokhzad have been banned at the fair.

Books by Iranian reformist cleric and currently visiting research professor at America's Duke University, Mohsen Kadivar, have also reportedly been banned at the fair.

"Bamdadkhabar" quoted an unnamed publisher, who did not want to be named because of security fears, as saying that authorities have warned against political discussions and "propaganda against the system" at the booths and said they will be dealt with in "a tougher manner than one can imagine."

"Khabaronline" also reported that on the first day of the book fair all books related to the late Grand Ayatollah Montazeri and Ayatollah Sanei were collected from various stalls and were being kept at the cultural office of Tehran's Mosala, where the book fair is being held.

Ayatollah Montazeri, who passed away last year, was seen as the spiritual father of Iran's opposition Green Movement. Ayatollah Sanei is a senior reformist cleric in Qom who has come under attack by the hard-liners for supporting the opposition movement and condemning the postelection crackdown.

Meanwhile, the "Tehran Times" reports that the Egyptian pavilion was shut down at the book fair for offering a book that referred to the Persian Gulf as the "Arabian Gulf."

Tehran Police Chief Hossein Sajedinia said that police disguised as visitors stumbled upon a book entitled "Arabian Gulf Encyclopedia," which was on display in the Egyptian pavilion.

"Consequently, the pavilion was shut down and police forces recovered the distributed copies of the book with the help of the book fair officials and judicial authorities," he was quoted as saying.

Most countries and international organizations use the name "Persian Gulf" to refer to the waters lying between the Arabian Peninsula and the Iranian plateau. Iran insists that the name "Persian Gulf" should be used but Arab countries tend to refer to it as the "Arabian Gulf" leading to anger and condemnation by the Iranian government and regular Iranians.

Golnaz Esfandiari

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Lit Agent, Julie Barer Tells Writers to "Keep Your Day Job"

By Jeff Rivera on May 07, 2010 02:23 PM

After working for years at Sanford J. Greenburger Associates, literary agent, Julie Barer began Barer Literary. She has a lean organization that allows her to give her clients individualized attention. In our interview with Barer today, she talks about how she helps build author's careers, why she advises writers not to rely solely on their writing as a means for supporting themselves and why following trends can mean doom to a writer's career.

Julie, why do you think so many writers are interested in you for representation?

Having my own agency gives me the freedom to keep my client list focused and relatively small, and to take on only those projects I truly love and believe in. Because I'm extremely selective about what I represent, I'm able to offer my clients the time and attention they need.

And because the agency has a focus on fiction, I think I'm especially suited to helping launch new voices in fiction. For me, it's about more than just making the deal, or getting the most money, it's about the author's career.

This means helping get the work in the best editorial shape before it goes out on submission, finding the right editor and the best house for each individual project, and working with the author on every step of the publication process from jacket copy and website development to publicity, social marketing, paperback publication and beyond. The best part is that I love what I do, so even though I work incredibly hard on my clients' behalf, I usually have fun doing it.

It can't be easy for your clients now, no matter how good they are with the way the economy and the business has been the last few years. What do you do to help them?

I think that the best thing I can do for myself, my business, and my clients is to continue to be extremely selective about taking on new projects, and then working hard to get those books in the best possible shape editorially before sending them out. The smaller my list, the better able I am to help my clients work with their publicity and marketing departments to ensure that their books are published as successfully as possible. To me, the recent changes in the market mean we all have to focus more, and publish more carefully and thoughtfully.

I know it's somewhat of an unpopular opinion, but I think it's unrealistic to expect that you can support yourself solely as a writer in this economy. Most of the writers I know teach, or have other day jobs to support themselves, so the best way to avoid eating ramen noodles is to not rely completely on your book advance to pay your bills. In the end, the better you make the book, the better the chances that you'll get a healthy advance, and the harder you work with your publisher to promote the book by publishing stories or nonfiction essays to raise your profile, by blogging and keeping your website active, by thinking outside of the box in terms of marketing and publicity, the better your book will do. But at the end of the day it's the quality of the work that matters the most.

Are you excited or scared about how devices such as the Kindle, iPad, WePad and others coming out are shaping the reading experience?

I think it's too early to definitively say how recent technological changes have and will continue to affect the way we will sell and publish books, because we're really in the eye of the storm at the moment.

I think the worst thing we can do is stick our heads in the sand and pretend it's not happening just because some of us may not like it.

Are there any trends writers should be aware of, what are editors asking you for?

I try not to sell by trend, especially because I work primarily with fiction and with a good novel it's not just what the story is, it's how it's told. I'm interested in good storytelling, quality writing and original voices. I believe there are always going to be editors looking for those things.

I love historical fiction and international fiction, and I always want to see more of that. I also love books that play with genre. They can be challenging to sell, but I'm a (not so closet) fantasy and sci fi reader, as well as a huge fan of YA and literary crime/ mystery, so while I may not be submitting much to the genre publishers in those areas, I do find books that play with crossing those lines very interesting.

All right, so how do writers reach you if they're interested in pitching you?

A straightforward query to either submisssions@barerliterary.com or our mailing address is best. I get frustrated by those who clearly haven't done any research or haven't taken the time to even attempt to personalize their queries to me. Writers who send out mass emails over and over and over again using a different email address (you know who you are) are working against themselves. At this point I'm deleting those on general principle. Also, lately I find writers accepting representation before even giving me the opportunity to read the manuscript I've requested, and that just seems shortsighted to me. Wouldn't you want to talk to as many interested agents as possible?

Julie, what's something about you that very few people know?

I love karaoke. And I am very good at it.


From GalleyCat

Where has political fiction gone?

Ideological fiction of the kind that Orwell wrote doesn't seem to fit our times. But two powerful new novels are closely tuned to politics of the apolitical




On the face of it, David Goodwillie's American Subversive hardly seems revolutionary. A terrorist attacks New York City. The next day Aidan Cole – former aspiring political journalist, now grubbing around as a celebrity gossip blogger – is sent an email with a photo of the bomber and the opportunity to get his life back on track. This is classic thriller territory: classic, in fact, to the point of over-familiarity. However, with consummate skill, Goodwillie takes this comfortable narrative arc and uses it to create a taut, intelligent, deftly written novel of politics and identity.


Taking as its starting point a left-wing group's move to violent conflict, American Subversive is bitingly, yet subtly, political. Its theme – of how deeply held convictions can be muted by apathy, or amplified by circumstance – is explored through the politicisation of Paige Roderick, and Cole's growing sense of needing and wanting more from life. Like Jim Crace's meditative All That Follows, this is a political novel where the absence of politics is as important as its power.

Such a position is quite at odds with what I consider to be political fiction. When reading, say, 1984, The Ragged Trousered Philanthropists or Brave New World, it's the politics that provides the living pulse of the story. In each, social systems act upon the characters: they cannot escape their strictures. Each author uses these scenarios to vent their spleen, showing the glaring inequalities, subjugations and abuses of power that they provoke. In modern novels, however, politics seems more ephemeral, less pervasive – almost as if you can opt in or out.

While there are authors who take on political issues from a left-wing perspective – China Miéville, David Peace, James Kelman – political fiction is at its most dogmatic when approached from the right wing. Glenn Beck – a man so thrillingly cartoonish it's hard to believe he hasn't got a Scooby Doo-style tail hidden down his trousers – publishes The Overton Window next month, a novel he describes as "a story of America in a time much like today where the people are confused". It's modelled on Ayn Rand and is sure to be heralded as a masterpiece by his huge, devoted fanbase and decried by just about everyone else. But like Richard Littlejohn in this country – whose debut novel gave rise to possibly the best piece of literary radio in history – such writers rarely find an audience outside of a very specific demographic.

This, to me, suggests that contemporary political novels – the ones that sell, at least – are more concerned with political disengagement than they are with values or beliefs. The theme that courses through Goodwillie and Crace's books – as well as Joe Meno's excellent The Great Perhaps and Hari Kunzru's criminally underrated My Revolutions – is not one of right versus left or socialism versus capitalism, but about inaction versus action. They depict – with varying degrees of success – an apathy that is as pernicious as the unthinking governments and extremism that it can produce.

Goodwillie's novel does not have the lofty idealism of Tressell or Huxley, but its message of political engagement is explicit. On the eve of "one of the closest elections for a generation" – as every news outlet seems compelled to describe it – this simple, yet persuasive, plea for involvement seems as crucial as Orwell's scathing satire of totalitarianism.

The Guardian, 6 de maio de 2010

Editoras têm dúvidas sobre livros digitais

Ubiratan Brasil - O Estado de S.Paulo, 05 de maio de 2010


Com dúvidas sobre qual ferramenta escolher para lançar seus títulos no formato digital, as editoras deixaram a corrida para as livrarias. Assim, na sexta-feira, a Livraria Cultura completou um mês com vendas também de conteúdo digital, com quase 200 títulos vendidos. Ontem, o site da livraria apontava Leite Derramado (Companhia das Letras), de Chico Buarque de Holanda, como o e-book mais vendido do momento.

A briga deverá engrossar em poucos dias, quando finalmente a Saraiva também entrar no mercado das e-bookstores, que já conta com a Gato Sabido, pioneira no ramo.

"As editoras ainda têm dúvidas sobre qual caminho seguir", diz Pedro Herz, presidente da Cultura. "Assim, preferem que as livrarias façam inicialmente a intermediação."

O resultado é que os livros digitais são oferecidos tanto no formato escolhido até agora como padrão pelo mercado, o ePUB, como no Adobe Digital, mais comum no Brasil. Os preços são mais convidativos no digital que as edições em papel, que geralmente custam o dobro do valor.

O receio dos editores ainda é a questão jurídica em relação aos direitos autorais, pois muitos contratos continuam sem prever direitos no novo formato.

Nem todas, porém, sofrem da mesma dor de cabeça. A Matrix, por exemplo, pequena editora fundada há dez anos, sempre firmou contratos com cláusulas prevendo como seria feito o pagamento de direitos digitais. "Portanto, hoje, isso para mim está bem simples", diz o editor Paulo Tadeu.

terça-feira, 4 de maio de 2010

FLIP 2010

O casal formado pela brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke e pelo inglês Peter Burke confirmou presença na 8ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty. Os dois são historiados e escreveram, juntos, Repensando os Trópicos: um retrato intelectual de Gilberto Freyre (Unesp, 378 pp., R$ 62). Especialista em Idade Moderna Européia, Peter Burke dividirá na Flip mesa com o historiador americano Robert Darnton, um dos principais teóricos do livro. Maria Lúcia Burke é uma das responsáveis pela programação da homenagem ao sociólogo brasileiro. Ela tem participação confirmada em uma das mesas, dedicada às obras menos conhecidas de Freyre.


Outros dois novos nomes reforçam a lista dos conferencistas: Benjamin Moser, autor de Clarice, (Cosac Naify, 648 pp., R$ 79), e o antropólogo brasileiro Hermano Vianna, que participará de homenagem a Gilberto Freyre.

Ao todo, 15 convidados internacionais e dois brasileiros já aceitaram o convite da Flip e vão passar uns dias no litoral fluminense. São eles: Abraham B. Yehoshua, Azar Nafisi, Benjamin Moser, Colum McCann, Fernando Henrique Cardoso, Hermano Vianna, Lionel Shriver, Robert Crumb, Robert Darnton, Salman Rushdie, Terry Eagleton, William Boyd, Peter Burke, Maria Lúcia Burke, William Kennedy, Gilbert Shelton e Wendy Guerra

Agenciamento literário e afins

Nessa semana na coluna da agente literária Marisa Moura, publicada quinzenalmente na PublishNews, dá dicas de como fazer contato com agente e editores.

Aos escritores que tentam entrar no mercado acho uma matéria valiosíssima de se ler. Aí vai um trechinho degustativo:

"Tanto os editores quanto os agentes literários procuram conteúdo. Seja qual for a área do conhecimento a que você esteja vinculado, sua ideia deve mostrar função ou importância. Eles esperam que você saiba expor muito bem porque é interessante a sua obra. Caso não tenha motivos para confiar a apresentação de sua obra a um editor ou agente, então nem perca seu tempo. Não escreva para quem não acredita."

Para o resto, leia a matéria completa na PublishNews.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nem todo livro que é sucesso lá fora "decola" no Brasil

Folha de São Paulo, 02 de maio de 2010

É preciso faro e sorte para identificar livros que vão se tornar grandes fenômenos mundiais. O sucesso em um mercado como o americano não é garantia de sucesso no Brasil, e vice-versa. Maior sucesso da história da Sextante, o livro de autoajuda "O Monge e o Executivo" vendeu 2,4 milhões no Brasil. Adquirido com um adiantamento de US$ 3.000, nunca decolou nos EUA: em 12 anos, vendeu 200 mil exemplares.

A Sextante conta com cinco pessoas dedicadas a farejar novos títulos. "O instinto, que é uma síntese de informações e experiências, cheio de falhas e distorções, ainda é o elemento principal", diz Tomás Pereira, da Sextante. "Não tentamos adivinhar o que os leitores vão gostar. Gostamos do livro e imaginamos que as outras pessoas vão gostar."

Do catálogo da Sextante, sete títulos venderam mais de 1 milhão de exemplares e 90 venderam mais de 100 mil. "Um livro se torna um best-seller fundamentalmente por sua força própria, que gera o boca-a-boca. Mas ajuda muito ter um preço acessível, uma boa distribuição", avalia Tomás.

Jorge Oakim, da Intrínseca, conta que conseguiu seu primeiro best-seller, "A Menina que Roubava Livros" (1,3 milhão de exemplares vendidos), pela força de uma carta para o autor Markus Zusak.

"Tinha uma editora muito maior na disputa, e o agente me pediu para escrever uma "love letter" [carta de amor, na tradução literal] dizendo por que aquele livro era importante para mim." O primeiro lugar onde o livro estourou no mundo foi no Brasil.

Além da qualidade do título e do preço, Oakim acrescenta o marketing como ingrediente fundamental para o sucesso de um livro. "A gente nunca deixa o livro sozinho. Temos poucos títulos, e todos os livros que decidimos publicar merecem a nossa atenção", diz Oakim, 40. Sem tradição familiar no ramo editorial, ele largou um emprego no mercado financeiro para montar a editora.

Oakim não revela quanto, mas diz que a Intrínseca investe bastante em marketing. Divulga livros com anúncios em jornal e adesivos nos ônibus do Rio de Janeiro. Com a maior parte dos títulos voltada para o público infantojuvenil, a Intrínseca também tem um marketing bastante agressivo na internet e nas redes sociais.

Novatas já estão entre as grandes do país

Folha de São Paulo, 02 de maio de 2010

Embora nem entidades de classe nem empresas do setor divulguem dados oficiais sobre faturamento e número de livros vendidos por editora, não há dúvida no mundo livreiro de que, por um ou outro critério, a Sextante e a Intrínseca estão entre as maiores do país.

Integram também a lista os grupos Record, Ediouro e Objetiva (conglomerados de editoras ou selos) e a Companhia das Letras. A estimativa se refere à categoria "obras gerais" -excluindo publicações didáticas, técnicas e religiosas.

Na ausência de estatística oficial, as listas de livros mais vendidos são um termômetro possível para medir a força de cada empresa. A reportagem tabulou as editoras que mais apareceram no ranking publicado aos sábados no caderno Ilustrada, da Folha, nos últimos nove meses.

A Sextante lidera, com 199 títulos na lista durante o período. Em seguida vêm Intrínseca (165), Ediouro (105), Objetiva (92), Planeta (89) e Record (79). A lista da Ilustrada é feita com base na soma do número de exemplares (de ficção, não ficção, autoajuda e negócios) vendidos a cada semana nas principais livrarias do país.

Editores e livreiros avaliam que os principais grupos faturem de R$ 70 milhões a R$ 100 milhões por ano. Ainda que não alcancem essa cifra, é possível que Sextante e Intrínseca sejam mais rentáveis e eficientes, pois têm catálogos e estruturas bem menores.

Tome-se o caso dos grupos mais tradicionais: o Record, 68 anos, reúne 12 editoras e tem 7.000 títulos em catálogo; o Ediouro, 71 anos, tem sete selos e cerca de 7.000 títulos.

Das entidades do setor, a ANL (Associação Nacional de Livrarias) foi a única que se dispôs a apontar quais editoras mais vendem, mas sem dar cifras e as listando por ordem alfabética: Companhia das Letras, Objetiva, Planeta, Record, Sextante e Martins Fontes.

Os números gerais mais recentes do mercado, referentes a 2008 e divulgados no ano passado, são de uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), segundo a qual foram vendidos 211,5 milhões de livros no Brasil (em todos os segmentos), com faturamento de R$ 2,43 bilhões.

(FABIO VICTOR E JEAN CANUTO)

GalleyCat's publishing jobs page

HarperCollins Product Manager: Job Detective Discoveries
By Jason Boog on May 03, 2010 11:23 AM

On a rainy Monday morning, we've uncovered seven new publishing jobs. GalleyCat has been investigating publishing work on the mediabistro.com job boards for your resume-making pleasure.

Cambridge University Press seeks to fill two positions: Production Editor and Publishing Editors, STM Journals. Workman Publishing Co. is looking for an Assistant Publicist.

Routledge/Taylor & Francis Group has two jobs: Editorial Assistant, Media Studies and another Editorial Assistant spot. Barron's Educational Series, Inc. Digital & Electronic Content is seeking an Editor/Test Prep.

HarperCollins Publishers needs a Product Manager: "Working with HarperMedia and the publishing imprints, the Product Manager will ensure all enhanced e-book projects are delivered on schedule and within budget. PM will build and maintain production schedules that include creation of video, audio, text and social media assets."

Visit GalleyCat's publishing jobs page for more listings. If you have any job leads, email GalleyCat to get them posted.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lista dos Best Sellers do LA Times Books




HARDCOVER FICTION BESTSELLERS FOR MAY 2, 2010

1. The Help by Kathryn Stockett (Putnam: $24.95) The lives of a maid, a cook and a college graduate intertwine in a Mississippi town. Weeks on the list: 48

2. Solar by Ian McEwan (Nan A. Talese: $26.95) A physicist tries to reinvigorate his career (at a colleague’s expense) and save the world. Weeks on the list: 3

3. Imperfect Birds by Anne Lamott (Riverhead: $25.95) Fraught parents send their teenage daughter to a wilderness rehab program. Weeks on the list: 2

4. Beatrice and Virgil by Yann Martel (Spiegel & Grau: $24) A Holocaust fable starring a donkey and her monkey companion. Weeks on the list: 1

5.The Last Olympian by Rick Riordan (Disney Hyperion: $17.99) Percy Jackson and his army of demigods battle to stop the Lord of Time. Weeks on the list: 19

6. Changes by Jim Butcher (Roc: $25.95) Wizard detective Harry Dresden must save his daughter from becoming a human sacrifice. Weeks on the list: 2

7. Matterhorn by Karl Marlantes (Atlantic Monthly: $24.95) The ravages of the Vietnam War told from the perspective of an ambitious young soldier. Weeks on the list: 3

8. Bite Me by Christopher Moore (William Morrow: $23.99) A San Francisco goth girl and her boyfriend battle a ravenous vampyre cat. Weeks on the list: 4

9. Major Pettigrew's Last Stand by Helen Simonson (Random House: $25) An English widower fights to keep greedy relatives from selling a valuable family heirloom. Weeks on the list: 3

10. Diary of a Wimpy Kid by Jeff Kinney (Amulet: $12.95) The adventures of Greg Heffley, a wise-cracking kid trying to survive middle school. Weeks on the list: 10

11. Every Last One by Anna Quindlen (Random House: $26) A violent act rips a family apart leaving a mother struggling to cope. Weeks on the list: 1

12. The Shadow of Your Smile by Mary Higgins Clark (Simon & Schuster: $25.99) An inheritance is threatened by the revelation of a love child between a nun & famous doctor. Weeks on the list: 1

13. Abraham Lincoln: Vampire Hunter by Seth Grahame-Smith (Grand Central: $21.99) The ax-wielding president seeks vengeance for the death of his mother. Weeks on the list: 7

14. Angelology by Danielle Trussoni (Viking: $27.95) A nun races to find a secret artifact before the evil Nephilim, a race of fallen angels, find it.Weeks on the list: 4

15. Caught by Harlan Coben (Dutton: $27.95) The search for a missing high school student stirs a reporter into action. Weeks on the list: 5


HARDCOVER NONFICTION BESTSELLERS FOR MAY 2, 2010


1.The Big Short by Michael Lewis (W.W. Norton: $27.95) How the U.S. economy was driven to collapse by the bond and real estate markets. Weeks on the list: 6

2. Bridge by David Remnick (Knopf: $29.95) The New Yorker editor's telling of the evolution of President Obama reaching back to his fatherless childhood. Weeks on the list: 2

3. 13 Bankers by Simon Johnson and James Kwak (Pantheon: $26.95) A case for nationalization of banks resulting from the financial crisis and subsequent bailout. Weeks on the list: 1

4. Oprah by Kitty Kelley (Crown: $30) A probing account behind the queen of all media’s empire and personal life. Weeks on the list: 1

5. Women Food and God by Geneen Roth (Scribner: $24) The connection between eating and core beliefs that brings fulfillment. Weeks on the list: 3

6. Diary of a Wimpy Kid Movie Diary by Jeff Kinney (Amulet: $14.95) Behind the scenes during the making of the movie. Weeks on the list: 6

7.Tattoos on the Heart by Gregory Boyle (Free Press: $25) Jesuit priest Boyle recounts working with troubled L.A. youth through his gang intervention program, Homeboy Industries. Weeks on the list: 4

8. Chelsea Chelsea Bang Bang by Chelsea Handler (Grand Central: $25.99) Essays and amusing tales from the comic's personal life. Weeks on the list: 6

9. This Time Together by Carol Burnett (Harmony: $25) The comedienne’s humorous look back at her career and life in showbiz. Weeks on the list: 1

10. Just Kids by Patti Smith (Ecco: $27) The singer’s early days and relationship with Robert Mapplethorpe. Weeks on the list: 13

11. Outliers by Malcolm Gladwell (Little, Brown: $27.99) An exploration of the background of high achievers. Weeks on the list: 65

12. 2010 Take Back America by Dick Morris and Eileen Mcgann (Harper: $26.99) A conservative battle plan to take control of congress in the upcoming election. Weeks on the list: 1

13. Committed by Elizabeth Gilbert (Viking: $26.95) After circumstances cause her to wed, the author tackles her fears of marriage by delving into the institution's history. Weeks on the list: 12

14. Why I Fight by B.J. Penn (William Morrow: $25.99) The Ultimate fighting champ tells his story. Weeks on the list: 1

15. No Apology by Mitt Romney (St. Martin's: $25.99) The former governor of Massachusetts offers solutions for America to reassert its global strength. Weeks on the list: 3