Nesta semana na coluna da agente literária Marisa Moura foram expostos os onze casos mais comuns e muito delicados de se resolver (não é plágio, é divulgação).
1. Se desejo ser lido, corro o risco de me deparar com pessoas que não gostarão do meu texto. As críticas podem vir de amigos, professores, editores, agentes, leitores e críticos. Como lidar com isso?
2. Mas há quem goste do meu texto e por essa razão continuo escrevendo... Se meu livro vender muito, nenhuma das críticas anteriores importará mais?3. Escrevi somente um conto, e que foi muito elogiado. Fui procurado por uma editora, para publicá-lo em uma antologia. Publico ou não? E se ela desejar mais contos meus, o que farei?
4. Publicar um livro só meu ou participar de uma antologia? E nesse caso, quais são os parâmetros de um contrato de antologia? Como deve ser a minha relação com o organizador da obra? Como saberei se os critérios utilizados para compor a antologia estão alinhados com o que eu escrevo e quero para o meu texto?
5. Um editor amigo meu foi quem publicou meu primeiro romance. A editora era pequena, mas eu confiava no grande profissional que ele sempre foi. Esse meu amigo editor fez um excelente trabalho, hoje, sou sucesso de imprensa e de vendas. Mas agora sou abordado por várias editoras grandes, que querem publicar minhas próximas obras. O que devo fazer? Continuo na pequena editora do meu amigo ou aceito uma das ofertas das grandes editoras?
6. Publiquei o meu primeiro livro. Ele é sucesso de crítica e o projeto gráfico é sensacional. Mas, mesmo assim, o livro não vende bem; acredito que seja um problema de distribuição. O que devo fazer?
7. Sou praticamente um colecionador de cartas e e-mails de editoras negando a publicação do meu primeiro livro, devo ter mais de dez respostas negativas… Um agente literário resolveria o meu problema?
8. Está muito difícil publicar. Se eu pagar a primeira edição do meu livro, e fizer um bom trabalho de divulgação, será certo que conseguirei mostrar a qualidade do meu trabalho?
9. Se eu ficar amigo de autores, dos quais eu gosto muito, e que foram publicados por editoras grandes, eles irão me apresentar para os editores deles?
10. Há um editor o qual eu admiro muito, não importa para que editora ele vá, vou com ele, pois ele entende minha obra e respeita o meu estilo. Só que agora meu editor querido saiu do mercado, tenho obras esgotadas, obras distratadas com estoque alto em várias editoras e meus livros não estão mais nas livrarias... O que eu faço?
11. Tive a sorte de publicar todos os meus primeiros originais. Mas agora, depois de anos, relendo-os, não os considero bons. Não gostaria mais que eles estivessem disponíveis no mercado. Como posso fazer isso? Será que compro todos os livros que encontro pelo caminho?
Conversando com a agente sobre a coluna ela me disse que algumas vezes ficava perdida, sem saber se a informação que ela fornece é útil para alguém. Eu tenho certeza que ajuda, afinal tudo aquilo que leva a reflexão te ajuda de alguma forma.
Ainda não tinha lido a coluna quando conversei com ela, mas quando li, fiquei com várias pulgas atrás da orelha. Os onze casos estão destacados aqui, mas para saber a opinião de Marisa sobre ele, só lendo a coluna toda.
A pergunta que me cutucou depois de ler isso foi: será que como o médico, o psicólogo, o professor e assim por diante, o mercado editorial não deveria ter uma ética? Onde fica essa noção de ética quando se vive em um mundo comercial, onde o que vale é a lei da oferta e da procura?
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