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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Editoras têm dúvidas sobre livros digitais

Ubiratan Brasil - O Estado de S.Paulo, 05 de maio de 2010


Com dúvidas sobre qual ferramenta escolher para lançar seus títulos no formato digital, as editoras deixaram a corrida para as livrarias. Assim, na sexta-feira, a Livraria Cultura completou um mês com vendas também de conteúdo digital, com quase 200 títulos vendidos. Ontem, o site da livraria apontava Leite Derramado (Companhia das Letras), de Chico Buarque de Holanda, como o e-book mais vendido do momento.

A briga deverá engrossar em poucos dias, quando finalmente a Saraiva também entrar no mercado das e-bookstores, que já conta com a Gato Sabido, pioneira no ramo.

"As editoras ainda têm dúvidas sobre qual caminho seguir", diz Pedro Herz, presidente da Cultura. "Assim, preferem que as livrarias façam inicialmente a intermediação."

O resultado é que os livros digitais são oferecidos tanto no formato escolhido até agora como padrão pelo mercado, o ePUB, como no Adobe Digital, mais comum no Brasil. Os preços são mais convidativos no digital que as edições em papel, que geralmente custam o dobro do valor.

O receio dos editores ainda é a questão jurídica em relação aos direitos autorais, pois muitos contratos continuam sem prever direitos no novo formato.

Nem todas, porém, sofrem da mesma dor de cabeça. A Matrix, por exemplo, pequena editora fundada há dez anos, sempre firmou contratos com cláusulas prevendo como seria feito o pagamento de direitos digitais. "Portanto, hoje, isso para mim está bem simples", diz o editor Paulo Tadeu.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Novatas já estão entre as grandes do país

Folha de São Paulo, 02 de maio de 2010

Embora nem entidades de classe nem empresas do setor divulguem dados oficiais sobre faturamento e número de livros vendidos por editora, não há dúvida no mundo livreiro de que, por um ou outro critério, a Sextante e a Intrínseca estão entre as maiores do país.

Integram também a lista os grupos Record, Ediouro e Objetiva (conglomerados de editoras ou selos) e a Companhia das Letras. A estimativa se refere à categoria "obras gerais" -excluindo publicações didáticas, técnicas e religiosas.

Na ausência de estatística oficial, as listas de livros mais vendidos são um termômetro possível para medir a força de cada empresa. A reportagem tabulou as editoras que mais apareceram no ranking publicado aos sábados no caderno Ilustrada, da Folha, nos últimos nove meses.

A Sextante lidera, com 199 títulos na lista durante o período. Em seguida vêm Intrínseca (165), Ediouro (105), Objetiva (92), Planeta (89) e Record (79). A lista da Ilustrada é feita com base na soma do número de exemplares (de ficção, não ficção, autoajuda e negócios) vendidos a cada semana nas principais livrarias do país.

Editores e livreiros avaliam que os principais grupos faturem de R$ 70 milhões a R$ 100 milhões por ano. Ainda que não alcancem essa cifra, é possível que Sextante e Intrínseca sejam mais rentáveis e eficientes, pois têm catálogos e estruturas bem menores.

Tome-se o caso dos grupos mais tradicionais: o Record, 68 anos, reúne 12 editoras e tem 7.000 títulos em catálogo; o Ediouro, 71 anos, tem sete selos e cerca de 7.000 títulos.

Das entidades do setor, a ANL (Associação Nacional de Livrarias) foi a única que se dispôs a apontar quais editoras mais vendem, mas sem dar cifras e as listando por ordem alfabética: Companhia das Letras, Objetiva, Planeta, Record, Sextante e Martins Fontes.

Os números gerais mais recentes do mercado, referentes a 2008 e divulgados no ano passado, são de uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), segundo a qual foram vendidos 211,5 milhões de livros no Brasil (em todos os segmentos), com faturamento de R$ 2,43 bilhões.

(FABIO VICTOR E JEAN CANUTO)