Retirado do site da PublishNews e escrito pela agente literária Marisa Moura
Na nossa primeira coluna falamos que o agente é “o profissional que percorre o mercado editorial captando autor, mapeia o editor, considera o distribuidor, é também um observador do livreiro e conversador tal qual um leitor. Sempre conectado a todos os movimentos de procura de livros nas áreas que atua: seja ficção, seja ensaio etc.” E ainda perguntamos: mas como o agente faz tudo isto? Hoje relacionamos dez principais mandamentos que o agente segue:
1. Administrar (vender e gerir) direitos autorais para qualquer forma de publicação, respeitando as leis de direitos autorais e preservando o respeito à obra no mercado.
Não considere seu agente apenas como um vendedor, estará perdendo grandes oportunidades que são resultado dessa parceria.
2. Transitar e desenvolver bons relacionamentos com o mercado. Criar boas parcerias entre editores e autores.
Seu agente deve saber quem é quem no mercado no qual você deseja publicar. Os agentes, cada um a seu modo, cultivam relações.
3. Informar, claramente, seus clientes de todo processo de administração.
Nem sempre o que um agente tem para lhe falar é o que você deseja ouvir. Mas saiba, nenhum agente desiste de defender seus clientes.
4. Conciliar todas as partes envolvidas nos contratos de publicação. Tornar-se um ponto de apoio para resolver desafios.
Manter uma excelente relação entre todos os envolvidos nos contratos é a principal meta de um agente. Incitar sempre boas parcerias em todas as áreas.
5. Planejar a administração das obras, visando a carreira do autor ou editora no mercado nacional ou internacional.
Na função de administrador, o agente procura o melhor espaço para seus clientes no mercado.
6. Orientar seus clientes a tomar decisões, baseado sempre em atualizadas pesquisas e informações sobre o mercado.
Saber dos riscos e das vantagens em cada decisão garante segurança para sua carreira.
7. Manter uma comunicação fácil, ágil e honesta com seus clientes.
Comunicar implica na boa vontade de duas pessoas, confira as possibilidades das partes.
8. Conhecer as ferramentas de texto para o tipo de obra que está prestando serviço, seja ficção ou não-ficção.
Basicamente, o agente é um leitor intenso de obras, de tendências, de informações. Alguns vão além, criam projetos, fazem o serviço de coach, participam ativamente do processo de criação do livro.
9. Saber como e porquê defender a administração de uma obra ou carreira. Em muitos casos, o agente, realmente, admira seus clientes e suas obras.
Com muitos ou poucos argumentos, o agente vai defender seus clientes e mais justificar a necessidade deles no mercado.
10.Acompanhar a carreira de seus clientes, sempre procurando explorar novas atividades.
Esse último mandamento é seguido a dois, se o cliente esconde seus feitos, pode estar desejando um detetive. Pense nisso.
Concluindo, sabemos que você pesquisou muito sobre esse profissional, leu tudo em português e inglês (língua na qual você vai encontrar muito mais informações disponíveis), certo? Pois bem, quando for fechar contrato, pondere com o agente tudo sobre o serviço. Se for o caso, relacione item a item e converse sobre o que inclui cada serviço que está sendo contratado.
Uma coisa que você, como autor, não deve se esquecer jamais é de que o agente literário age sobre algo concreto. Podem ser obras, informações, ideias, contratos, uma lista variada. Mas o único, o exclusivo fornecedor desse algo será sempre o autor. Sem ter uma comunicação aberta e honesta com o agente que escolher, o autor está aos poucos desfazendo o contrato, que pode ter sido muito difícil de conseguir.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário